1 de outubro de 2009

NO DIVÃ DAS PALAVRAS

,



A ÀRVORE E O GAFANHOTO, UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS.

Gilvaldo Quinzeiro


1 – O amor que substancialmente é como o alimento só nos garantirá o sustento na medida em que suas sementes brotarem em nós as raízes do amor próprio, condição esta que nos faz forte o suficiente para sobreviver às perdas do amor dos outros por nós.


2 - Este amor que nos faz “árvore” de nós mesmos é o amor paternal, que se não dado o suficiente pode nos elevar à condição de “gafanhotos’ de si mesmos. Em outras palavras, o amor quando não dado na qualidade e quantidade certa pode ser tão devastador quanto o ódio. Do mesmo jeito que as chuvas quando em excesso provocam tragédia nas inundações, tais como as que ocorreram recentemente no Maranhão. Isto significa dizer que:


a) – Aos pais, melhor seria amar os filhos na perspectiva de que estes aprendessem a ter amor próprio, a sufocá-los por toda uma vida, na dúvida de que não são amados por estes;


b) – O amor que nos faz “árvore” de nós mesmos é aquele que me faz ter amor por mim, ainda que os outros não me soubessem amar.


3 – Os “gafanhotos” de si mesmos, de tão famintos, comerão as poucas sementes plantadas dentro de si, de modo que, quando amando os outros, o fazem com a volúpia de quem devasta uma floresta.


4 – Os pais, no entanto, tais como os filhos, não se tornarão “árvores” de si mesmo, se o amor com o qual estes amam os filhos, não se originar antes de tudo do amor próprio.


5- Florestas devastadas serão os pais sem amor próprio, um ambiente tão estéril e impactado quanto os das roças que estão por serem queimadas pelos lavradores da nossa região.


5 – Devastada a floresta, infestação de outras e mais terríveis pragas: a da “geração mala”!

1 comentários:

  • outubro 01, 2009 7:39 da tarde

    O texto do Dr. Gilvaldo é muito inteligente, é uma reflexao muito sábia que nos mostra a importancia do relacionamento pais e filhos, e deve ser fundamentado no amor e no diálogo. Estes recursos são indispensáveis ao entendimento, à paz e à harmonia dos membros da família.
    Outros recursos são importantes, mas estes não podem faltar nunca sob pena do relacionamento se degenerar em desentendimento.
    É indispensável que pais e filhos cultivem o amor. Com ele no coração, as pessoas se tornam mais compreensivas, pacientes e indulgentes para com as imperfeições e faltas dos outros.
    O diálogo deve ser uma prática constante em família. A rigor, deve começar antes da reencarnação dos filhos, quando os espíritos que virão na condição de filhos se aproximam dos futuros pais. Deve continuar durante a infância, quando os pais, esforçando-se para descer ao nível das crianças, fala sua linguagem e se fazem compreendidos.
    Na adolescência, o diálogo tem importância capital, não podendo ser negligenciado de maneira alguma. Nesta fase, é necessário agir com muito tato e tolerância, porque os adolescentes costumam ser mais sensíveis e emocionalmente instáveis e inseguros. E os adultos têm mais condições de compreendê-los.
    Após a adolescência, é ideal que o tratamento, que era de pais para filhos adolescentes, passe a ser de adultos para adultos, porquanto os jovens já sabem discernir bem o certo do errado e já têm condições de escolher o seu caminho, embora não devam dispensar as orientações e experiência dos pais.
    A liberdade é um dos direitos da criatura e deve ser proporcional à maturidade e responsabilidade de cada uma. É ideal que a liberdade seja concedida aos filhos de acordo com a responsabilidade. Mais do que uma concessão, deve ser uma conquista dos filhos que, para isto, devem procurar agir com muita responsabilidade. Quanto mais maduros e responsáveis, mais liberdade conquistam.

    Atenciosamente, Valéria Kataki - Go

    delete

Enviar um comentário

Obrigado por sua contribuição!

 

Blog do Renato Meneses Copyright © 2011 -- Template created by O Pregador -- Powered by Blogger