O deputado maranhense Gastão Vieira foi anunciado na noite desta quarta-feira como o novo ministro do Turismo, em substituição a Pedro Novais. O Palácio do Planalto não confirma a informação, mas o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) anunciaram a escolha do parlamentar.
Depois de chegar a "classificar" os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Manoel Junior (PMDB-PB) como os mais cotados para suceder Novais, Alves disse que a escolha foi uma "disputa acirrada" entre os quadros do PMDB.
Ao passar pelo crivo do governo, os dois ministeriáveis esbarraram, no entanto, em denúncias.
Cumprindo seu quinto mandato consecutivo como parlamentar, o médico Marcelo Castro (PMDB-PI), por exemplo, teve o nome citado em um dos grampos da Operação Voucher, que prendeu 36 pessoas suspeitas de fraudar convênios do próprio Ministério do Turismo. Na conversa interceptada pela Polícia Federal, o então secretário Nacional de Políticas de Desenvolvimento para o Turismo, Colbert Martins, e o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva Costa, ambos presos pela PF, comentam a liberação de recursos de uma emenda do parlamentar.
Castro nega qualquer vinculação com o esquema denunciado pela Operação Voucher e diz que sua emenda trata da liberação de R$ 97,5 mil para obras de calçamento no município de Lagoa do Barro.
No caso de Manoel Junior, a acusação é a de que teria contratado pistoleiros ao preço de R$ 40 mil para que fosse executado um vereador do município de Pedras de Fogo, na Paraíba, município do qual foi prefeito. Junior nega as acusações.
