Renato Meneses, meu dileto amigo.
Alguém sabiamente disse: “a desgraça dos que não se interessam por política é serem governados pelos que se interessam”. Em outras palavras, estribada no tripé ignorância/pobreza, material/espiritual, intelectual, refestelam-se nossos políticos sacudindo seus bornais recheados das razões que deveriam minimizar, mas que ao inverso fazem maior e mais cruel a miséria dos seus súditos.
O absentismo político deve ser a primeira praga a ser eliminada do seio de qualquer comuna. Sob pena de involuirmos a cada espetáculo eleitoral.
Escudo-me na obra A Justiça a Serviço do Crime do Doutor Dácio Aranha de Arruda, Juiz de Direito, publicada em 1.959, para entender melhor a sofreguidão dos nossos políticos para governar Caxias, possivelmente não lastreados nas lições de Montesquieu, mas vislumbrando os milhões de reais motivos que aos cofres da Prefeitura aportam. Inoportuno seria não dizer que esta alternativa quebre – desde já – o voluntarismo dos que a esta faina se debruçam.
Escreveu o ilustre jurisconsulto:
“Nas épocas que precedem os pleitos percebe-se com inteira nitidez as manobras das cúpulas dos grupos dominantes. Não são os partidos que agem, mas os representantes das correntes financeiras que se movimentam. O povo assiste o desenvolvimento da partida, sem ser chamado a interferir. Sabe que seu destino está sendo jogado, mas não tem o direito de fazer qualquer lance. Os próceres políticos – acreditados por tudo, menos pelo eleitorado – fazem ajustes, combinações e barganhas. Aliam-se e traem-se mutuamente. Fórmulas são imaginadas, chapas são estudadas, planos são estabelecidos. Por fim, aceitam os partidos as imposições que lhes são feitas, fazem as convenções e homologam as escolhas. Sagradas as candidaturas pelo registro na Justiça Eleitoral, o povo é convidado, não a decidir, senão a optar”.
Essa obra escrita a mais de quarenta anos encontra-se tão atual, como regra aplicável à política brasileira. Não seria, portanto, desconfortável crê-se que o mesmo ocorra em Caxias. Ou então Caxias não seria Brasil.
Se esta lição se aplica ao Brasil, como comprovado quando um despudorado Presidente da República enfiou goela abaixo dos brasileiros a ilustre deslustrada e desconhecida Dilma, como a dizer eu posso em mando e a demais por ter reduzido a oposição a pó, que do ponto de vista operacional inexiste, aniquilando-a por sutil envolvimento e jogo de interesses, não seria utópico imaginar o mesmo acontecer em Caxias, onde o pudorado e lustrado Prefeito Humberto Coutinho revolucionou administrativamente a Cidade.
Aliás, o entendimento da nossa “democracia eleitoral” se coaduna muito bem com as lições de José de Ortega y Gasset, autor de A Rebelião das Massas: “A saúde das democracias, quaisquer que sejam seu tipo e seu grau, depende de um mísero detalhe técnico: o procedimento eleitoral. Tudo o mais é secundário”. E acrescentou “Um regime eleitoral é estúpido quando é falso”.
Portanto, para menos mal que venha o Leonardo. Sem predicados negativos, a não ser o de neófito, isto superado posto que todos os pretendentes já o foram algum tempo, assim como não lhe diminui o fato de ser trazido pelas mãos do influente “prefetio”. Lembrando o grande Chico Anísio: mas quem não foi. Pelo menos dará aspecto intelectual/cultural à arte de governar ainda que à custa de lucubrações para amainar a volúpia dos entristecidos. Pois ainda será preciso governar não somente para o povo, mas para e com os nossos políticos, sob pena de sucumbir por não atender ao modismo do mais novo e esdrúxulo princípio: em nome governabilidade. Isto é, aliançar-se, tal qual fez o Lula, com tudo o que é qualidade e até, e muito mais, com a falta dela.
A não acontecer este imaginário traçado, será preciso buscar na lição de Giusepe Tomasi, o Príncipe de Lampedusa, “é preciso que tudo mude para tudo ficar como está ou até mesmo piorar”. Aí assim, teremos o entendimento perfeito do porque somos tão tacanhos em nossa opção política.
E o povo... Bem o povo, no dizer da ex-ministra Zélia Cardoso de Melo: “O povo é apenas e somente um detalhe”.
Dionísio Ferreira Lima Garcia.
Residencial da Pampulha.
Alguém sabiamente disse: “a desgraça dos que não se interessam por política é serem governados pelos que se interessam”. Em outras palavras, estribada no tripé ignorância/pobreza, material/espiritual, intelectual, refestelam-se nossos políticos sacudindo seus bornais recheados das razões que deveriam minimizar, mas que ao inverso fazem maior e mais cruel a miséria dos seus súditos.
O absentismo político deve ser a primeira praga a ser eliminada do seio de qualquer comuna. Sob pena de involuirmos a cada espetáculo eleitoral.
Escudo-me na obra A Justiça a Serviço do Crime do Doutor Dácio Aranha de Arruda, Juiz de Direito, publicada em 1.959, para entender melhor a sofreguidão dos nossos políticos para governar Caxias, possivelmente não lastreados nas lições de Montesquieu, mas vislumbrando os milhões de reais motivos que aos cofres da Prefeitura aportam. Inoportuno seria não dizer que esta alternativa quebre – desde já – o voluntarismo dos que a esta faina se debruçam.
Escreveu o ilustre jurisconsulto:
“Nas épocas que precedem os pleitos percebe-se com inteira nitidez as manobras das cúpulas dos grupos dominantes. Não são os partidos que agem, mas os representantes das correntes financeiras que se movimentam. O povo assiste o desenvolvimento da partida, sem ser chamado a interferir. Sabe que seu destino está sendo jogado, mas não tem o direito de fazer qualquer lance. Os próceres políticos – acreditados por tudo, menos pelo eleitorado – fazem ajustes, combinações e barganhas. Aliam-se e traem-se mutuamente. Fórmulas são imaginadas, chapas são estudadas, planos são estabelecidos. Por fim, aceitam os partidos as imposições que lhes são feitas, fazem as convenções e homologam as escolhas. Sagradas as candidaturas pelo registro na Justiça Eleitoral, o povo é convidado, não a decidir, senão a optar”.
Essa obra escrita a mais de quarenta anos encontra-se tão atual, como regra aplicável à política brasileira. Não seria, portanto, desconfortável crê-se que o mesmo ocorra em Caxias. Ou então Caxias não seria Brasil.
Se esta lição se aplica ao Brasil, como comprovado quando um despudorado Presidente da República enfiou goela abaixo dos brasileiros a ilustre deslustrada e desconhecida Dilma, como a dizer eu posso em mando e a demais por ter reduzido a oposição a pó, que do ponto de vista operacional inexiste, aniquilando-a por sutil envolvimento e jogo de interesses, não seria utópico imaginar o mesmo acontecer em Caxias, onde o pudorado e lustrado Prefeito Humberto Coutinho revolucionou administrativamente a Cidade.
Aliás, o entendimento da nossa “democracia eleitoral” se coaduna muito bem com as lições de José de Ortega y Gasset, autor de A Rebelião das Massas: “A saúde das democracias, quaisquer que sejam seu tipo e seu grau, depende de um mísero detalhe técnico: o procedimento eleitoral. Tudo o mais é secundário”. E acrescentou “Um regime eleitoral é estúpido quando é falso”.
Portanto, para menos mal que venha o Leonardo. Sem predicados negativos, a não ser o de neófito, isto superado posto que todos os pretendentes já o foram algum tempo, assim como não lhe diminui o fato de ser trazido pelas mãos do influente “prefetio”. Lembrando o grande Chico Anísio: mas quem não foi. Pelo menos dará aspecto intelectual/cultural à arte de governar ainda que à custa de lucubrações para amainar a volúpia dos entristecidos. Pois ainda será preciso governar não somente para o povo, mas para e com os nossos políticos, sob pena de sucumbir por não atender ao modismo do mais novo e esdrúxulo princípio: em nome governabilidade. Isto é, aliançar-se, tal qual fez o Lula, com tudo o que é qualidade e até, e muito mais, com a falta dela.
A não acontecer este imaginário traçado, será preciso buscar na lição de Giusepe Tomasi, o Príncipe de Lampedusa, “é preciso que tudo mude para tudo ficar como está ou até mesmo piorar”. Aí assim, teremos o entendimento perfeito do porque somos tão tacanhos em nossa opção política.
E o povo... Bem o povo, no dizer da ex-ministra Zélia Cardoso de Melo: “O povo é apenas e somente um detalhe”.
Dionísio Ferreira Lima Garcia.
Residencial da Pampulha.
Muita conversa só para dizer que vai ao Léo! De uma hora para outra o povo de Caxias ficou imbecil! Uma terra de grandes vultos do passado e do presente, não pode ficar de joelhos a enaltecer um rapaz só por que é procurador, gente, tenha a santa paciencia, isso é puxasaquismo ou alienação?
Deixem o rapaz ir em busca do seu sucesso com seus próprios méritos. Se quer ser candidato, que seja, qualquer um que não tenha impedimento legal pode se candidatar. O resta é pura babaquisse...