28 de outubro de 2009

Se eu tivesse lido antes...

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Tô lendo o livro Poética de um cara chamado Aristóteles. Um livro chato pra caramba. Para ser pior ainda, o cara teve a pachora de escrever sobre o trabalho do poeta e da estrutura da poesia, isto só para citar alguns dos temas do tal livro. Devo antecipar que estou lendo o tal livro por obrigação. Mas eu me perguntaria se o mencionado autor viveu poeticamente ou foi somente um teórico da poesia. Se foi poeta tá perdoado por escrever as besteiras que escreveu. Se não teve uma vida poética "não há perdão para o chato“.


Eu falo por mim, eu falo por alguns poetas que não aprenderam num banco de escola a fazer poesia, eu falo pelos que vivem e viveram a poesia, tão decantada, tão descartada. Eu diria que se esses, como eu, tivessem lido algo parecido com o tal livro Poética, teriam desistido do ofício mal-renumerado já na primeira página, onde o tal Ari, para os íntimos e as brancas dele, diz: da própria poesia e seus gêneros, que efeitos tem cada um e como suas ações devem ser ligadas, se a poesia pretende ser boa... Ou algo assim.


Boa ou não, a minha poesia nasceu sem teorias, sem gregos e troianos. A minha escola foi o bar do Cantarelli, foram as discussões poéticas com Bastiani, Renato e Ribinha, foi o observar fazer poético de Elio Ferreira e o livro Antologia Poética de Ferreira Gullar, que Elio me enviou desde Campo Grande (MS) para Sampa em 1981. A minha poesia, ora boa, ora ruim segue só uma idéia: "Aquele homem que cria suas próprias regras poéticas pode se considerar um poeta“ (Maiakóvski).

Fábio Kerouac, poeta e ex-lavador de pratos


Hamburg, Alemanha

1 comentários:

  • outubro 28, 2009 10:55 da manhã

    Melhor não por comentários sobre os comentários de Fábio. Mas, sobre a cultura em Caxias, vou dizer que está decrépita, e por falta de erudição.

    delete

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