A última vez que a Pedreiras fui, visitei João do Vale, um pouco antes do seu falecimento. Passamos algumas horas conversando num humilde restaurante à beira do rio Mearim, pelo lado da Trisidela do Vale. Comemos um mandi à escolha do mestre. Essa lembrança se me retornou ao ver o rio, por estes dias, passando da tampa, alagando os irmãos em mergulhia de peixe.
Quem me confessa o sofrimento é um outro pedreirense da gema, Ednilton Lima: - As águas do Mearim, hoje, não baixaram dez centímetros. Encobre a todos nós. Daqui a pouco nos adaptamos a anfíbio. A propósito disso, recordo-me do poeta Manoel de Barros: “O menino caiu dentro do rio, tibum, ficou todo molhado de peixe...”
Se Pedreiras fosse geograficamente nas barrancas do rio Paraná, chovia de solidariedade; mas não, é igual ao poeta Samuel Barreto, esculpida pelas águas, uma continuação das águas Mearim; e poeta, como versejou Fábio Kerouac, é invenção do diabo. Então, quem diabos vai se solidarizar com gente assim, afeita à escritura do diabo?
Quem me confessa o sofrimento é um outro pedreirense da gema, Ednilton Lima: - As águas do Mearim, hoje, não baixaram dez centímetros. Encobre a todos nós. Daqui a pouco nos adaptamos a anfíbio. A propósito disso, recordo-me do poeta Manoel de Barros: “O menino caiu dentro do rio, tibum, ficou todo molhado de peixe...”
Se Pedreiras fosse geograficamente nas barrancas do rio Paraná, chovia de solidariedade; mas não, é igual ao poeta Samuel Barreto, esculpida pelas águas, uma continuação das águas Mearim; e poeta, como versejou Fábio Kerouac, é invenção do diabo. Então, quem diabos vai se solidarizar com gente assim, afeita à escritura do diabo?