25 de maio de 2009

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A Justiça brasileira está resumida para a opinião pública na antológica oração de Carlito Maia: “Nossa justiça é absurda, além de abcega e abmuda”.

Aos olhos externos, o Judiciário, no maior das vezes, não está estruturado e preparado para lidar com o ser humano.

Para o mortal comum, é um ente frio, carrancudo de toga de olor naftalina.

Feito de gente de Kafka emoções, edificado no determinismo positivista do cumpra-se à lei.

Porém, ali, exsurgem todas as tragédias de temas pios com suas razões de inocência ou culpa.

E quem avista com os olhos das exceções enxerga que não há lanterna mágica para alumiar complexos conflitos.

O juiz é parte dessa roda de invenção de doidos, pressionado pela opinião de resultados para solucionar os defeitos que a sociedade produziu.

Vejo isso todo santo dia no juiz Manoel Velôzo, um séquito de problemas a lhe seguir a virtude da prudência prática.

Em cada sentença proferida uma carga emocional estressante, advinda da situação humana povoada de animais.

Debaixo da toga há um homem com alma, a vagar pela angústia da existência humana.

Melhor dizer a oração de Fábio Comparato: “Nossa justiça reflete a mentalidade social brasileira”.

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