21 de março de 2009

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A seguir, o texto integral de um documento de autoria do GSVC (Grupo de Suplentes de Vereadores de Caxias).
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O Político Desonesto
A prática desenfreada de irregularidades na administração pública, em todos os níveis, está fazendo com que o cidadão comum tenha o entendimento de que político que se preza tem que ser desonesto. É o que podemos classificar como inversão de valores. O conceito de que o verdadeiro político é aquele que cuida da coisa pública com zelo e responsabilidade foi atropelado. O bom político, aquele que busca a defesa, a consecução e a aplicação de políticas públicas corretas para os diversos segmentos da sociedade, geralmente é mal avaliado. Esses conceitos, produto de desvios de conduta, de caráter, de comportamentos enfim, determinam o nivelamento entre classes, ou seja: o cidadão comum – que vive e está do outro lado – ouvindo, vendo e convivendo com as mazelas da política, também se acha com o direito de utilizar-se de métodos iguais ou semelhantes aos dos políticos, para também se darem bem. Para atingir seus objetivos não se importam com os meios em prática para o atingimento dos fins. Alexandre, “O Grande”, dizia que o medo da morte determinava comportamentos e atitudes. Por quê pensava assim? Porque os valores com os quais lidava eram físicos e materiais; diziam respeito à força e a brutalidade no uso de instrumentos de guerra, determinantes da morte de muitos e de incontáveis vitórias alcançadas nas batalhas travadas pela conquista do seu mundo. Mas é mesmo o medo o sentimento que determina comportamentos e atitudes. Não o medo da morte só, mas os medos, todos eles, somados hoje, a valores morais, éticos, cristãos e sociais; descobertos muito depois dos alexandres da vida. Em algum tempo da história – na Grécia Antiga e noutros mundos – a humanidade sentiu necessidade de por limite nas coisas; nas relações interpessoais e resolveu instituir, criar o Estado. O grande pai, o chefe de uma família maior. Foi dividido em órgãos, com poderes distintos e independentes, visando o estabelecimento de equilíbrio entre eles, capaz de propiciar harmonia entre os seres humanos. O próprio homem, seu mentor idealizador entra em ação para compor esses órgãos denominados legislativo, judiciário e executivo. Bem concebido, perfeito, o Estado. O legislativo em seu parlamento faz as leis, o judiciário manda cumpri-las, pune seus contraventores e o executivo, como o próprio nome sugere, executa. Surge então o político, protagonista de dois desses três poderes. É imprescindível, pois também instituído, deve atuar representando as instituições e classes organizadas, como: sindicatos, igrejas, associações, conselhos, cooperativas e o povo de maneira geral, para que as políticas públicas possam ser implementadas, vigiadas e fiscalizadas com eficiência. Se cada um desses órgãos e os políticos cumprissem à risca, seu papel, o político por medo, além de ser bem visto, fortificaria, ainda mais, o Estado de direito democrático. Mas o que afirmamos no primeiro parágrafo deste documento nos obriga a dizer que é o próprio Estado o corrupto e corruptor, porque acomoda e apanagea, em seu próprio intestino, juízes e desembargadores mercenários que vivem a serviço dos poucos que lhes agradam. Há exceções, é claro. Desconhecem, e ao desconhecerem limites proporcionam a proliferação dos maus políticos. Por quê tudo isso? Porque não há punição para os crimes do colarinho branco. Sempre há uma saída para quem tem dinheiro. Contudo, é bom lembrar a todos os protagonistas envolvidos em processos dessa natureza que a anarquização das instituições prostitui, debilita e fere de morte o estado de liberdade em que vivemos. É bom lembrar que até o ano de 1985, vivíamos debaixo das chibatas da ditadura.
GSVC (Grupo de Suplentes de Vereadores de Caxias)

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