18 de janeiro de 2009

De Madalena e Outras

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Maria Madalena era a seguidora preferida de Jesus. Numa passagem do Evangelho de Felipe, o apóstolo Pedro questiona: “Devemos mudar nossos hábitos e escutarmos todos a essa mulher?”. Noutra passagem revela mais ciúmes ao perguntar ao Senhor: “Por que a amas mais que a todos nós?”.

Ora, Pedro, por que, então, Jesus haveria de dar ouvidos a tão nobres marmanjos? Judas, com ou sem consentimento, traiu. Madalena, nunca. Aliás, a tradição da Igreja, por séculos amém, a enfatizou como mulher impura e pecadora. Coisa de cristão porco chauvinista. O vaticano já se redimiu. Madalena são todas as mulheres.

Contudo, nem todas são Madalenas. Há exemplos de que, quando entronizadas no poder, destrambelham, cometem o desvario por absoluta vaidade, desfilam a arrogância da casa-grande e, mesmo, não sabem diferençar a política de um ovo cozido.

Qualquer semelhança é mera coincidência. Ou invenção pós-moderna de colagem para confundir. O certo mesmo é que Madalena persuadia com a arte da inteligência e da sensualidade. Outros tipos apenas esguicham poder. Nada mais.

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