Nas últimas eleições proporcionais em Caxias tivemos uma média de onze concorrentes para cada vaga das doze cadeiras disponíveis na Câmara Municipal. Foi um número limite, o permitido pela legislação eleitoral vigente. Mas, podem crer, se fosse uma porteira aberta, muito mais gente se credenciaria para disputar o cobiçado cargo.
A Constituição Brasileira prevê exercício de grande responsabilidade ao vereador, como: fiscalizar o Executivo Municipal, legislar sobre tributos locais, orçamentos anuais e plurianuais etc. Contudo, os vereadores, hoje, com seus papéis de cooptados, são meros despachantes de luxo, loteadores da administração e argutos pançudos das sinecuras; assim, vão se perpetuando pelo assistencialismo até perecerem de inanição em votos.
Essa novo-velha composição da edilidade caxiense, que assume nas primeiras horas de 2009, que não se saiu bem das urnas, que está, portanto, de aviso prévio, terá a oportunidade de impor-se à predileção de agir com espírito público em favor da cidade, para, então, solucionar o contingente de problemas que nos afligem.
Esse apelo pode até ser de bocó ingenuidade, mas de viés bem realista, pois, a sociedade, além de exercer a indignação cívica nas urnas, tem se interrogada de qual matéria relevante é feito esse agente público, e antes mesmo que descubra que é da inutilidade, melhor será mudar do que desaparecer.