13 de novembro de 2008

Sete Vidas

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A Justiça não age na mesma velocidade da ansiedade das pessoas que a buscam; ela é longeva em controvérsias e abastada em truques recursais; ela se move com vagar de uma prateleira à outra.

A despeito desse óbvio, falo de causa própria, pois me gasto de expectativa para ser ressarcido de direito liquido e certo quando levei xexo de dois meses de salários no encerrar da administração da então prefeita Márcia Marinho, em 2004. É que sou funcionário público municipal concursado, e naturalmente que a ausência desses proventos me desequilibrou o orçamento, razão das conseqüências que sofro até hoje no aguardo do apito do juízo final.

É do adágio popular a sabedoria de que o mau pagador é um bom cobrador, explico: ontem, quarta-feira, eu e mais onze colegas fomos convidados nominalmente a nos retirarmos da sala de aula do curso de Direito por motivo, no meu caso, no atraso de duas mensalidades. Afora a ilegalidade do ato e o constrangimento sem precedentes, o destino me pregou uma peça irônica: a proprietária da Faculdade é a sra. Márcia Marinho, a mesma que saiu da prefeitura me devendo e que, agora, desfila pelos corredores com pose de madame austera. Mais uma vez vou bater à porta da Justiça para reparar os danos em mim causados; pode até demorar, mas sou paciente e persistente, tenho sete vidas pra gastar.

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