21 de novembro de 2008

O Sobrevivente

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A primeira vez que a li foi em 1990, por presente do meu pai – o livro Boca do Inferno, um romance histórico sobre a vida do poeta baiano Gregório de Matos Guerra. Depois, em 2003, um segundo livro, também romance, este mais especial e confidencial até, pois, tratava-se do conterrâneo Gonçalves Dias: Dias e Dias. Em 2007, na Feira do Livro de São Luis, fui ouvi-la em palestra deitando fala sobre seu modelo de arquitetar e construir ficções do ideal: um novelo de fios de palavras que se fazem embiras de frases comoventes; dos poros da fala suava uma emoção zen; e dos gestos delicados a expressão sensual da maturidade.

Quem leu o livro Dias e Dias, tomou-o de uma só talagada, não mais o largou e se viu obrigatoriamente enxerido na alma venturosa, apaixonada e triste de Antonio; quem, então, conhece a cidade reencontra a vila e as gentes que nos deram feituras. Agora, a escritora e autora do livro, Ana Miranda, irá estar conosco, mais precisamente na próxima sexta-feira (28), no Salão do Livro de Caxias. A iniciativa do convite é da Academia Caxiense de Letras e do Comitê do Proler com apoio da UEMA e das Secretarias de Cultura do Estado e do Município – um esforço concentrado de mentes e boas vontades.

Quando então amanhecer o sábado (29), de céu sem nuvens, de azul suave, nós estaremos a caminho das terras Jatobá, lugar de nascedouro do poeta Antonio Gonçalves Dias, aí, pois, Ana Miranda estará completa de certezas de que o único sobrevivente da náufraga barca francesa foi o poeta da canção do exílio.


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