
O “sagrado”, também, quer abiscoitar a tão residual verba da cultura. Os deputados do Maranhão acabaram de aprovar projeto que classifica todas as manifestações evangélicas - dança, música, teatro, desfile de rua e retiros - como movimentos culturais; isso quer dizer que o ínfimo orçamento da pasta da cultura, já por demais concentrado na capital, sofrerá um talho de lâmina afiada. O timbre da proposta foi da deputada crente Eliziane Gama; agora, vai à sanção ou não do governador.
O acesso aos investimentos públicos para a cultura deveria ser da exclusiva finalidade de fomento ao patrimônio artístico, mas os legisladores preferiram farejar os votos de lastro religioso em detrimento da expressiva cadeia criativa do artista maranhense.
É um descalabro para a arte, seus fazeres e saberes; por mais espontâneo e abnegado que o artista seja, não se faz milagre sem dinheiro, e os evangélicos sabem bem disso, porquanto inventaram o dízimo da cultura para aleluia dos meganhas-de-Jesus.
O acesso aos investimentos públicos para a cultura deveria ser da exclusiva finalidade de fomento ao patrimônio artístico, mas os legisladores preferiram farejar os votos de lastro religioso em detrimento da expressiva cadeia criativa do artista maranhense.
É um descalabro para a arte, seus fazeres e saberes; por mais espontâneo e abnegado que o artista seja, não se faz milagre sem dinheiro, e os evangélicos sabem bem disso, porquanto inventaram o dízimo da cultura para aleluia dos meganhas-de-Jesus.
Prof. Não deixemos de lado as festa promovidas por paroquias que sempre levam um trocadinho do alcaide seja ele municipal ou estadual e nunca foi mencionado agora em tramitação um projeto ja começa levantar os nervos pois estara sendo divido mais que justo. abs
As manifestações religiosas tambem não e cultura? Porque essa revolta toda que ate as mais altas da corte das letras sempre recebem um pouco de incentivo alem do dizimo deiado pelos seus pares. Não sejamos hipocritas
ô, renato, não devemos negar que existe cultura sendo feita dentro das igrejas evangélicas, não é?...
mas também é uma sacanagem a proposta da deputada e irmã eliziane gama. ela, como nós, que já estivemos perto do fogo (lê-se poder público), sabemos que as igrejas vivem batendo na porta do poder público e de lá arrancam sempre alguma coisa, que sai do gabinete, da educação, da saúde, enfim do bolso do contribuinte. nada contra esse assédio, mas tirar dos parcos recursos destinados à cultura, aí sim, sou contra, pois eles, sejam evangélicos ou católicos, ou ainda, umbandistas, têm força para arrancar dinheiro do erário sem precisar surrupiar a merreca da cultura... isto é tirar doce de criança, é roubar de mendigo...