13 de setembro de 2011

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Renato Meneses ou Velho Bardo ou EL Zorro



Ele carrega o peso dos seus 52 anos com mais leveza do que os meus 27. É certo que a coluna está meio torta, mas não é de fraqueza nem de cansaço, é puro charme. É que cai bem uma corcundinha, combina com o passo lento, matreiro, com que ele atravessa o calçadão, acenando e sorrindo pra um e pra outro, a caminho do trabalho (oh, vida ingrata) na Casa de Justiça.

Se conseguisse franzir o cenho e mostrar frieza, teria a expressão de um D. Corleone. Mas, Renato Meneses, com o seu sorriso de dante e olhar incorrigivelmente juvenil, está mais para o D. Diego Dela Vega,de Anthony Hopkins do que para o mafioso de Marlon Brando. Um velho Zorro procurando (tão dedo?) alguém a quem passar a máscara.

Mas, Renato Meneses, admitamos, é um Zorro sem máscara. Uma velha raposa no meio de tigres, panteras e preguiçosos leões – essa selva tragicômica dos interesses que é Caxias. Na política e na cultura, ele é um estrategista, um articulador – se tivesse aprendido a ser gente ruim, já tinha conquistado o mundo (se ele fosse o Cérebro, Marcos Bonfim seria o Pink).

Mas, não: Renato gosta de ser um homem bom – um malandro, mas um homem bom. É apaixonado por Caxias, mas evita a demagogia intelectualóide cheia de soberba e falsa pompa. Dedica-se à cultura por amor puro e puro prazer: incentiva os iniciantes, fortalece os veteranos, contribui com seus pequenos inventos, seus caderninhos de inutilidades e um dinheirinho aqui ou acolá quando a arte precisa e ele pode.

Agora, preciso esclarecer uma coisa. Como escritor, tento fugir das frases piegas – pelo menos nas extremidades dos textos. Porque, se uma frase piegas vier no inicio, ela pode espantar um leitor inteligente, e se vier no final, pode deixar uma impressão ruim, influenciando negativamente a opinião do mencionado leitor.

Hoje, entretanto, terei que me render a uma pequena pieguice, mas o faço com sinceridade e tendo a data como pretexto. Além do mais, a bateria do notebook acabará em três ou quatro linhas, e a minha criatividade (como se vê) já acabou no parágrafo anterior. Então, não vejo outra forma de encerrar este rabisco senão dizendo: Feliz aniversário, velho Bardo, gosto muito de você.

Isaac Sousa, pelo aniversário de Renato Meneses

3 comentários to “ ”

  • setembro 14, 2011 11:54 da manhã
    Anónimo says:

    Poeta, de politica nós entendemos mas oportunidades só para os ..... até o Ronaldo Chaves larga a defesa da foice e o martelo pelo fisiologismo...... é isso ai Felis aniversário.... até o Fiapu

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  • setembro 14, 2011 12:01 da tarde
    Jotonio Vianna says:

    Renato vale o quanto pesa, Isaac...Feliz aniversario ao amigo.

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  • setembro 14, 2011 9:35 da tarde
    Augusto Neto says:

    Caro Isaac, Renato, já ultrapassou meio século de vida, no entanto, os anos não lhes tiraram o vigor e a perserverança na luta, a luta com ética e decente, coisa muito rara nos dias atuais. Que o nobre amigo viva por muitos mais anos para que possa continuar contribuindo com sua inteligência com as gerações do presente e do futuro de nossa querida Caxias. Felicidades caro amigo, hoje e sempre!!!

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