13 de novembro de 2009

Ainda sobre "Honoráveis Bandidos"

,


Aqui, pequenos trechos aleatórios do livro Honoráveis Bandidos. Aviso, sem a leitura completa, impossível compreender o todo ou de como uma geração de maranhenses fora privada de tantas oportunidades na vida.



“A moça é realmente da pá virada. Um mês depois que o pai virou presidente do senado, ela transformou a residência oficial da Presidência daquela Casa em cassino. Com carinha de inocente, quando o resto da mídia descobriu a farra, ela disse que passaram o sábado e o domingo em reunião de trabalho”.



Outro dia, encontrei-me com um velho amigo, perguntei-lhe sobre sua filha. Respondera-me que se encontrava em Curitiba na faculdade de medicina. Arrisquei, então, comentar que, em breve, Caxias ganharia uma excelente profissional. Saiu-se com essa: “Deus me livre!” É assim, todos os dias a mesma ladainha, insistimos com os nossos filhos que tomem o rumo inesperado da sorte ou lhes enfiam a ordinária submissão ao clã.



“O Maranhão, depois de 40 anos de predação promovida pelo clã dos Sarney, tornou-se o maior exportador de gente do país. Na primeira década do século 21, você encontraria maranhenses nos lugares mais improváveis, nos garimpos da fronteira com a Venezuela, no corte da cana do interior paulista, Minas Gerais, Mato grosso do Sul, na lavoura do Tocantins, no Amapá, nas Guianas, até em Florianópolis – que jamais havia visto um maranhense ao vivo, salvo turista”.



O esforço empreendido pelo voto de vê-los pelas costas esbarrou nas togas engordadas nos detritos. Ficamos sós, entre ruínas, difícil mesmo se livrar desse monturo, quando nos gelados gabinetes de Brasília dá-se a súcia em compasso retrorso.



“Começa a votação, e o ministro Eros Grau, relator do processo, pronuncia-se a favor da cassação de Jackson. Ouve-se um grito nos jardins: “Essa toga é nossa!” Rojões espocam. Perto da aposentadoria, Eros Grau sonha naquele momento com uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, como lhe prometeu José Sarney. Serve também uma vaga na Corte de Haia. Poderá então morar no apartamento que tem em Paris, decorado logo no vestíbulo com uma escultura em tamanho natural que representa ele e a mulher caracterizados como Adão e Eva no paraíso”.



Comprem, leiam o livro do jornalista Palmério Dória. É um choque nos culhões das nossas consciências.

1 comentários:

  • novembro 13, 2009 2:19 da tarde
    Anónimo says:

    Paulo Maracutaia não toma jeito, pois não é que o cara quase vai em cana novamente por causa da falta de pagamento de uma pensão alimentícia de outro bastardo, este de Brasília. O juiz ainda lhe deu o crédito de receber um cheque, que consaultado estava sem fundos, para variar. Foi preciso a sogra desembargadora aposentada e ex-presidente do TJ entrar no circuito e assinar um checão para evitar mais uma prisão do genro. Eita guru bom de falcatrua. Por essas e outras de Maracutaia a vida de Roseana anda tão difícil em Caxias.

    delete

Enviar um comentário

Obrigado por sua contribuição!

 

Blog do Renato Meneses Copyright © 2011 -- Template created by O Pregador -- Powered by Blogger