12 de janeiro de 2009

Analfabetismo

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A Bolívia era o último lugar no ranking de alfabetização na América do Sul, até pouco tempo atrás. Com três anos de mobilização social, de uma epopeia coletiva somada à vontade política de um indígena que queria ser presidente para alfabetizar o país, foi agora reconhecido pela Organização das Nações Unidas como área livre do analfabetismo.

O Brasil continua patinando no penúltimo lugar no mesmo ranking; em oito anos de governo Tucano e mais seis de governo PT, não foram suficientes para erradicar a praga do analfabetismo. Aqui, só há lei para controle das despesas, vivemos à ditadura mercadológica e boa parte do tempo da mídia influente é dedicada à economia; não existe uma lei de responsabilidade social, que obrigue, por exemplo, aos secretários de educação de empregarem todos os esforços no combate ao analfabetismo.

Dois em cada três ignorantes brasileiros são negros ou pardos, ou seja, são ninguendades de pobres excluídos, são como porcos: comem, bebem e cagam, quase não pensam além da novela das oito horas. Por detrás de cada um há um eleitor e não uma consciência de contribuinte. Monsenhor Mendes, que dedicou uma missa inteira de loas homenagens ao prefeito, bem que poderia com sua influência político-religiosa ter sugerido ao dirigente que exigisse da secretária de educação do município o compromisso de nesses quatro novos anos de renovada administração fosse ela uma ferrenha guerreira contra o analfabetismo. Dinheiro há, metodologia há e gente preparada há – falta aquela vontade que moveu o índio e pela qual a mídia tanto o acusa de radical atrasado.

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