
Nos idos de menino, me lembro bem que, quando se queria brigar, apicaçava-se a mãe do outro; aí era um deus-nos-acuda, a rua se alborotava, algaravias e imprecações tomavam conta das pessoas, e apartar, só a muito custo.
Esse assunto sobre mãe parece comezinho; na realidade, é sibilino e perigoso, pois dizer, por exemplo, que a mãe do outro não lhe vota é, no mínimo, desonestá-la em pública praça. Quem assim procede, com tal argumento, desveste-se de gata borralheira para assentar em si a carapuça da madame Min, com todas suas porções mágicas da maldade.
O poeta Wybson Carvalho produziu um sagrado verso sobre mãe: “Mãe é mãe/ o resto é tudo vaca”. Poeta tem essa mania de escape, de dizer por linhas tortas, de suscitar verdades pelas persianas dos versos; tanto assim que fora inadmitido na res publica de Platão.
Ainda bem que a réplica do provocado não lhe chegou de bate-pronto, senão a provocante ouviria constringida: O príncipe, sapo de pântano, é que está inidôneo para o voto. Afinal, mãe é mãe! Imexível.
Esse assunto sobre mãe parece comezinho; na realidade, é sibilino e perigoso, pois dizer, por exemplo, que a mãe do outro não lhe vota é, no mínimo, desonestá-la em pública praça. Quem assim procede, com tal argumento, desveste-se de gata borralheira para assentar em si a carapuça da madame Min, com todas suas porções mágicas da maldade.
O poeta Wybson Carvalho produziu um sagrado verso sobre mãe: “Mãe é mãe/ o resto é tudo vaca”. Poeta tem essa mania de escape, de dizer por linhas tortas, de suscitar verdades pelas persianas dos versos; tanto assim que fora inadmitido na res publica de Platão.
Ainda bem que a réplica do provocado não lhe chegou de bate-pronto, senão a provocante ouviria constringida: O príncipe, sapo de pântano, é que está inidôneo para o voto. Afinal, mãe é mãe! Imexível.
que a verdade seja dita..mas se bem que esse relato seja verdade pois antes de ser candidato..q mãe votava sim..em marcia..mas mãe é mãe...e o voto é secreto..
Em primeiro lugar, alegar possuir o voto de quem quer que seja (mãe ou vaca) é, no mínimo, fugir do ônus do debate político, que deveria passar pela discussãodos projetos e da história política dos candidatos. Usar um tal artifício demonstra, na melhor das hipóteses, inépcia do debatedor (falta de competência); na pior , desonestidade pura e simples na argumentação. Uma e outra são característcas indesejáveis numa política que se pretenda ao mesmo tempo séria e competente.
Está de parabéns, Agostinho que, ao argumento sofístico de sua oponente, rebateu com uma evidência concreta e, pelo menos, desmoralizante.